domingo, 4 de dezembro de 2011

Professores de Oiapoque são capacitados em Oficina de Análise de Projetos


Iniciou no dia 30 de outubro, em Oiapoque, a Oficina de Análise de Projetos do CPPTA. O Curso Pedagogia de Projetos Ambientais (CPPTA) é um conjunto de ações que vêm sendo desenvolvidas no município em parceira entre os parques nacionais do Cabo Orange e Montanhas do Tumucumaque, em conjunto com a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), através do Laboratório de Botânica e Educação Ambiental (LABOT).    
Foto: Maksuel Martins
O CPPTA tem o objetivo de estimular os professores da rede pública a elaborarem em suas escolas projetos que visem a melhoria das condições ambientais das comunidades locais. Um das finalidades dessa iniciativa é ajudar a fortalecer a escola enquanto um local de transformação de valores. Dessa forma a escola passará a ocupar um papel chave na construção de um novo paradigma de sociedade.
Na ocasião da Oficina foram aplicadas metodologias participativas para facilitar as contribuições dos participantes. Os professores-cursistas apresentaram seus projetos e as contribuições foram tecidas de forma coletiva.  A execução dos projetos será monitorada pela Coordenação do CPPTA/Oiapoque. A apresentação pública dos resultados está prevista para o primeiro semestre de 2012.
A Coordenadora de Logística do CPPTA/Oiapoque, a Bióloga Renata Ferreira, faz a observação dos sete meses de trabalho entre a Coordenação do CPPTA e os professores-cursistas e afirma que esta etapa é um momento de reflexão. “Posso destacar  diversas emoções que surgiram nesse processo, como: medo dos professores em escrever os projetos de cunho ambiental e não ter apoio da comunidade escolar; responsabilidade ao cumprir os prazos determinados pelo Curso; amor em escrever o projeto em conjunto com os alunos; e determinação na tarefa de sensibilizar a comunidade sobre a importância de se trabalhar a Educação Ambiental”.
A oficina também contou com a Coordenação do Analista Ambiental Ivan Vasconcelos do Parque Nacional do Cabo Orange e com a participação do Professor da Universidade Federal do Amapá e Coordenador do Curso de Geografia, Alexandro Camargo.
“A Oficina de Devolutas de Projetos foi pensada para os professores-cursistas apresentarem os projetos elaborados para os instrutores e para os outros colegas. Desde a etapa de capacitação eles não se encontravam, não se reunião como uma turma, apesar de vários encontros pessoais entre eles acontecem no dia-a-dia. Foi um momento para voltarem a se sentirem como grupo, saberem o que cada um está fazendo e participarem dos projetos um dos outros” ressalta Ivan Vasconcelos.
  Ivan também destaca a importância trabalho realizado em Oiapoque.  “Além dos instrutores, os professores opinaram, perguntaram, deram sugestão para o trabalho dos outros. Isso fortalece o sentimento de que eles são capazes e protagonistas dos próprios projetos. E se criou um momento de troca, onde os desvio, atalhos e dificuldades no caminho podiam ser compartilhadas e transformadas em aprendizado, não só individual, mas coletivo”, afirma o Analista Ambiental.
Foto: Maksuel Martins
As políticas conservacionistas não fazem sentido para muitos grupos sociais porque as estratégias adotadas para aproximar as comunidades dessas diretrizes muitas vezes desconsideram a forma como essas percebem o mundo. Antes dos serviços ambientais serem debatidos é necessário criar os necessários laços de afetividade entre a comunidade e a natureza. É por isso que os projetos têm como foco as comunidades onde as escolas estão inseridas.
Isso se dá para que ocorra um avanço gradual de escalas. A partir do momento que as pessoas refletem sobre seu padrão de consumo e percebem que unidas podem agir para melhorar suas condições de vida, é possível avançar em direção à compreensão da importância das unidades de conservação. “É uma estratégia para deixar esse debate mais palpável para certos grupos sociais, como é o caso do Amapá”, finaliza o Coordenador de Educação Ambiental do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, o Analista Ambiental Paulo Russo. 

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