terça-feira, 21 de maio de 2013

Expedição mapeia atrativos turísticos no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque

Áreas de nidificação de aves e quelônios, cachoeiras, corredeiras e sítios arqueológicos são  elementos como estes foram identificados ao longo dos 200 quilômetros percorridos na Expedição para Mapeamento dos Atrativos Turísticos do Polo Amapari. A expedição, que ocorreu no período de 14 à 18 de maio, foi coordenada pelo ICMBio e contou com a participação de representantes dos municípios de Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari, além da equipe do jornal Amapá em Foco.
Equipe da expedição na cachoeira Paulo Afonso, rio Amapari. Foto: Mario Lobo

“Conseguimos formar uma equipe com pessoas com grande conhecimento sobre o rio Amapari, o que foi crucial para a riqueza das informações levantadas”, afirma a Analista Ambiental Marcela de Marins. 
Tauari. Foto: Moisés Oliveira

As informações serão incorporadas ao banco de dados do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e representadas em mapas temáticos, fornecendo subsídios para diversas atividades. A utilidade mais imediata será a elaboração de diferentes roteiros turísticos, de acordo com o perfil do visitante e tempo disponível para conhecer a área.

Segundo Moisés de Oliveira, Coordenador de Turismo de Pedra Branca, o turismo tem que ser abordado de forma integrada entre Pedra Branca e Serra do Navio, pois “há vários atrativos que estão em um município, mas sua forma de acesso se dá através do vizinho”, o que dificulta a implantação de qualquer projeto de forma isolada. Neste sentido a expedição foi um marco para a aproximação entre a equipe do Parque e as novas gestões municipais de Serra do Navio e Pedra Branca, que têm à frente, respectivamente, os prefeitos José Maria e Genival Gemaque.

Para Wirley Almeida, morador de Serra do Navio que administra a página no Facebook Paisagens de Serra do Navio Pontos Turísticos, a viagem foi uma oportunidade de registrar as belezas naturais da região.“Antes eu pensava que o Parque era inacessível, que não havia uma forma de nós que moramos na região podermos conhecê-lo. Eu pretendo divulgar as fotos que tirei do Parque e também esclarecer as pessoas que pretendem conhecê-lo.”

Para José Thiago Oliveira, secretário de Meio Ambiente de Serra do Navio, “a expedição foi uma oportunidade de conhecer uma região do município distante da sede e de difícil acesso. Ficaria satisfeito como turista em adentrar o Parque Tumucumaque, ter contato com várias plantas desconhecidas e ver animais como o sapo garimpeiro.”
Sapo Garimpeiro (Dendrobates tinctorius). Foto Mário Lobo
Janildo Almeida, secretário de Turismo de Serra do Navio, possuidor de grande conhecimento sobre a região, disse que considera gratificante que sua vivência na área hoje possa contribuir para o desenvolvimento do turismo no município. “Fico feliz em saber que os locais que eu conheço sejam mostrados para o público em geral. É importante divulgar os atrativos de Serra do Navio.”

Moisés de Oliveira considera que a viagem pela região exige bastante do turista em função das longas distâncias e acampamentos, mas afirma que “a experiência de viajar dentro do Parque é única.”

Pensando neste segmento do turismo de aventura o ICMBio está elaborando os primeiros roteiros turísticos dentro do  Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, que serão lançados no Festival do Cupuaçu, no mês em julho em Serra do Navio.

A expedição teve como integrantes Marcela de Marins, Analista Ambiental do ICMBio, José Thiago Oliveira, Secretário de Meio Ambiente de Serra do Navio, Janildo Almeida, Secretário de Turismo de Serra do Navio, Mario Lobo, assessor de comunicação da prefeitura de Serra do Navio, Edmilson Gomes Coelho, Secretário de Meio Ambiente e Turismo de Pedra Branca, Moisés de Oliveira, Coordenador de Turismo de Pedra Branca, Wirley Almeida, morador de Serra do Navio, Valdeci Silva, piloto, Moisés Santana, piloto e a equipe do jornal Amapá em Foco, Marly Nascimento, Odinaldo Moraes, Max Silva e José Nelson Nascimento.

terça-feira, 14 de maio de 2013

PARNA Montanhas do Tumucumaque realiza mapeamento dos atrativos turísticos no Polo Amapari


O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), através do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (PNMT), no período de 14 à 18 de maio, realizará uma expedição dentro da Unidade de Conservação (UC) federal. O objetivo é fazer o mapeamento dos atrativos turísticos do Rio Amapari.

A analista ambiental, Marcela de Marins, chefe substituta do parque nacional está conduzindo a atividade. Representantes das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Turismo, dos municípios de Pedra Branca e Serra do Navio, também irão compor a equipe de expedição, junto com o grupo do foto clube de Macapá e repórteres do Jornal Amapá em Foco.

O Mapeamento dos atrativos turísticos irá focar os locais mais próximos da entrada do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, como a trilha da Copaíba, rio Feliz, Igarapé Geladeira, Lago do Ipê e Polidor.
Rio Amapari, na entrada do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque.
Foto: Alessandra Lameira

Está sendo realizada a limpeza do Igarapé Geladeira para dá acesso fluvial até uma corredeira e depois será reativada uma trilha na sua margem direita. A ideia é caminhar na trilha até a corredeira e de lá descer numa canoa de madeira sem motor, para contemplar o igarapé e seus sons.  Também serão feitos registros de imagens de alguns atrativos mais distantes dentro da Unidade de Conservação.

O Rio Amapari nasce no alto do município de Serra do Navio, banhando Pedra Branca do Amapari e desaguando no rio Araguari, no território do município de Porto Grande, do Estado do Amapá. 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Unidades de Conservação é tema de um novo blog


A Organização Não Governamental, WWF Brasil, participante de uma rede internacional e comprometida com a conservação da natureza, criou um novo espaço de divulgação: Observatório das UCs. Um blog cujo objetivo é trazer informações sobre a importância e o papel das unidades de conservação (UCs) e os benefícios que elas geram para a sociedade.
A ideia é fazer isso por meio de histórias de sucesso, registros de ameaças, discussões de temas polêmicos e pela divulgação do que está sendo debatido no mundo sobre unidades de conservação em geral. Visite o blog: http://observatorio.wwf.org.br/. Explore as Unidades de Conservação do Brasil.
O Observatório de Unidades de Conservação é uma iniciativa do WWF-Brasil e instituições parceiras para permitir a geração e sistematização de dados atualizados sobre as unidades de conservação brasileiras, com a possibilidade de divulgação de documentos, publicações e fotos dessas áreas, além da geração de relatórios, análises, mapas e gráficos.


terça-feira, 7 de maio de 2013

ICMBio e Batalhão Ambiental atuam em parceria no Pólo Amapari


O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), através do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque,  em parceria com o Batalhão Ambiental, realizou atividade de fiscalização e reconhecimento no rio Amapari, municípios de Pedra Branca e Serra do Navio, na última semana de abril.
 Os tripulantes das embarcações encontradas no rio foram orientadas sobre a localização do Parque e as restrições de atividades no seu interior.
Copa de ipê-roxo, base do ipê roxo, pegada de tatu canastra,
ronda fluvial no rio Amapari.

 Foi feito o reconhecimento de um pequeno lago no interior do Parque. Tudo indica que ali seja um local de maior ocorrência de anfíbios e repteis, inclusive jacarés.
Nas margens do lago foi registrada a ocorrência de árvores como Angelim (Hymenolobium  flavum) , Ipê Amarelo (Tabebuia serratifolia) e Ipê Roxo (Tabebuia impetiginosa). Este último chamou atenção pelas suas dimensões, pois apresenta mais que o dobro do diâmetro de outros exemplares conhecidos pelos mateiros que compunham a equipe. Na época de sua floração, que ocorre na estação seca, os ipês perdem suas folhas e sua beleza se destaca em meio ao verde da floresta.
 Encontrou-se também uma toca de tatu-canastra. A presença de uma pegada no local indica que a toca está ativa. O tatu-canastra (Priodontes maximus) pode alcançar mais de 1metro de comprimento e pesar cerca de 50 kg. Possui uma área de distribuição que vai desde a Venezuela até a Argentina, mas na maioria dos locais sua ocorrência tornou-se rara.
 Segundo a Analista Ambiental Marcela de Marins, "estes reconhecimentos são importantes para melhor conhecermos a riqueza biológica do Parque e podermos identificar demandas de pesquisa e atrativos turísticos. Procuramos contemplar em nossas atividades diversos aspectos da gestão do Parque."