Nos períodos de 28 de abril a 2 de maio e de 13 a 16 de maio foram promovidos os módulos de capacitação do Curso de Pedagogia de Projetos em Temas Ambientais – CPPTA nos municípios de Oiapoque e Porto Grande, respectivamente, no estado do Amapá. A realização dessas turmas foi uma ação integrada entre os parques nacionais Montanhas do Tumucumaque e Cabo Orange com a Floresta Nacional do Amapá e a Universidade Federal do Amapá, por meio do Grupo de Ações em Educação Ambiental.
O CPPTA representa um conjunto de ações que visa estimular nas escolas o desenvolvimento de projetos que tenham como foco os problemas das comunidades onde estão inseridas. As escolas convidadas a participar dessa iniciativa estão situadas em locais estratégicos para gestão dessas unidades de conservação. Com o fortalecimento das escolas como espaços de discussão sobre a qualidade de vida das comunidades, ampliam-se os canais de diálogo entre a sociedade e as equipes gestoras das UCs.
O foco do CPPTA não é somente a comunidade escolar. O CPPTA é uma estratégia para auxiliar no despertar de uma relação de pertencimento entre as comunidades e as áreas protegidas. Possui o objetivo de confrontar o discurso de que esses espaços são obstáculos ao desenvolvimento da regional. Esse momento de nivelamento de conceitos, entendimentos sobre a realidade vivenciada pelas comunidades e práticas didáticopedagógicas foi marcado pela apresentação de meios que podem estimular a maior participação das pessoas na identificação dos principais problemas socioambientais que as afligem e na busca coletiva de alternativas.
Os Cursos de Pedagogia de Projetos em Temas Ambientais em Oiapoque e Porto Grande irão trabalhar diretamente com, aproximadamente, 20 professores em cada turma, além de técnicos das secretarias municipais de Meio Ambiente e Educação. Na edição do CPPTA em Oiapoque, 25% das vagas foram destinadas para professores indígenas, que atuarão nas aldeias do Manga, Kumenê e Kumarumã, pertencentes às etnias Galibi-Marworo, Palikur e Karipuna. Por parte das unidades de conservação essa foi uma ação pioneira no campo da educação ambiental. A integração vista no CPPTA foi além do compartilhamento de recursos humanos e financeiros, representou uma comunhão de ideias sobre como tratar a gestão das unidades dentro de uma abordagem mais ampla de gestão territorial.
A realização do curso de capacitação também contou com apoio técnico de colaboradores do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá, Secretaria Estadual de Educação, Secretaria Municipal de Educação de Santana e pós-graduandas do Curso de Educação Ambiental do Senac. O curso em Oiapoque também contou com apoio de recursos oriundos do Macroprocesso de Gestão Socioambiental, do Arpa e da Equipe de Conservação da Amazônia. Em Porto Grande os recursos foram decorrentes do apoio da USAID, Conservação Internacional e Walmart Instituto.
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