sexta-feira, 2 de junho de 2017

Consulta Prévia aos Wajãpi e estudo sobre exploração madeireira no AP são pautas na IX Reunião do Mosaico da Amazonia Oriental


Fotografia: Gabriela Marques - Mídia NINJA


Consulta prévia dos Wajãpi sobre limites da Floresta Estadual (Flota) do Amapá e Assentamento Perimetral Norte, além de estudo dos cenários para exploração madeireira do Amapá, são pautados na XI Reunião do Conselho do Mosaico da Amazônia Oriental. O evento acontece de 1 a 2 de junho, em Macapá.

Durante a reunião, a Consulta Prévia, que tem como base protocolo de consentimento pioneiro no Brasil elaborado pela etnia, foi apresentada pelo Conselho das Aldeias Wajãpi. Na Terra Indígena (TI),  a consulta com os Wajãpi foi realizada de 17 a 21 de maio. Durante a primeira etapa, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF) propuseram alterações na Flota e Assentamento Perimetral Norte II, localizados no entorno da TI Wajãpi.  O evento foi considerado um marco na garantia dos direitos dos povos indígenas no país.

Fotografia: Gabriela Marques - Mídia NINJA

O estudo sobre o futuro da produção madeireira a partir de manejo florestal no estado foi apresentado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Amapá. 

As atividades encerram na sexta-feira (2), com apresentação da minuta da lei estadual sobre serviços ambientais e mudanças climáticas. 

A IX Reunião do Conselho do Mosaico da Amazônia Oriental foi realizada pela Secretaria Executiva, composta pelo Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amapá (Sema), Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Amapá e Associação dos Povos Indígenas Wayana e Aparay (APIWA).


Mosaico

O Mosaico da Amazônia Oriental abrange parte do Planalto das Guianas, região reconhecida pela rica biodiversidade sociocultural. Possui mais de 12,3 milhões de hectares e é formado por três Terras Indígenas (TI) e seis Unidades de Conservação (UC). O projeto reconhecido em 2013, pela   Portaria Nº4de 03/01/2013  do Ministério do Meio Ambiente.


É um canal de informações entre todos os que vivem dentro e no entorno das áreas protegidas: os agricultores familiares da Perimetral Norte, os gestores das UC, os povos Wajãpi, Tiriyó, Katxuyana, Wayana, Aparai e Txikuyana, os extrativistas, as organizações da sociedade civil e os órgãos de governo municipais, estadual e federal. 

O Mosaico Oriental é gerido por um Conselho Consultivo que reúne duas vezes por ano, com o objetivo de buscar melhores resultados para gestão territorial para questões relacionadas às Áreas Protegidas. A última Reunião Ordinária do Conselho do Mosaico da Amazônia Oriental aconteceu de 6 a 7 de dezembro, em Serra do Navio, distante 203 quilômetros de Macapá.


Fotografia: Loyanna Santana - Mídia NINJA


Fotografia: Loyanna Santana - Mídia NINJA

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