quarta-feira, 19 de julho de 2017

“Nunca tinha visto nada parecido”, diz turista francesa sobre visita ao Tumucumaque

Grupo de turistas conheceu a famosa Trilha da Copaiba, dentro do Tumucumaque
Foto: Aline Paiva

O sorriso no rosto da francesa Margaux Balcerek, 23 anos, demonstrava o quanto estava empolgada com a visitação ao Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (PNMT). “As pessoas aqui procuram viver mais de acordo com a natureza, uma vida mais simples”, conta.

Margaux atualmente trabalha como produtora de eventos em Amsterdã, capital da Holanda. Trouxe consigo uma amiga francesa, a engenheira mecânica Diane Fovet, 24 anos, para conhecer a Amazônia. Era a primeira vez das duas no Brasil e na América do Sul.

Turista francesa Margaux Balcerek
Foto: Aline Paiva
“Tudo é muito novo. Eu nunca tinha visto nada parecido. A comida, a maneira de viver, a habitação, até a maneira de dormir”, fala Margaux empolgada.

Diane conta que a única dificuldade enfrentada foi necessitar ficar atenta a tudo.

“Na França, por exemplo, eu só tinha que ir ao banheiro, e no Parque tenho que ficar atenta a tudo, se não tem nenhum inseto, ou algo mais perigoso. Na hora de tomar banho no rio, é necessário ter cuidado, pois a correnteza é um pouco forte. Eu passei a prestar atenção em todas as coisas”, explica.


Turismo

O passeio foi realizado pela Amapá EcoCamping, empresa especializada em coordenar viagens que proporcionam o contato do ser humano com a natureza. As francesas conheceram o Parque com mais 4 turistas, sendo um casal de Porto Alegre e mais 2 repórteres da Rede Record Nacional, que produziam uma série de reportagens especiais sobre o Tumucumaque.

Diane Fovet durante passeio no rio Amapari
Foto: Aline Paiva
“O roteiro foi de 3 dias e 3 noites, contou com atividades como trilha ecológica, passeio nos rios Amapari e São Felício (ou Rio Feliz), localizados na Unidade de Conservação (UC), além da gastronomia que foi bastante valorizada no passeio”, afirma Victor Hugo, operador de turismo da Amapá EcoCamping.

Thiago Severo Garcia, 42 anos, médico radiologista em Porto Alegre, soube do Tumucumaque através de um familiar que trabalha no Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade – ICMBio, no Rio Grande do Sul.

“Os passeios foram bons, tem que ter um pouco de resistência física nas trilhas, mas nada de pesado e sim bonito. Vou levar uma experiência inesquecível, não somente pela beleza do Parque, mas também pela convivência com as pessoas”, falou.

Os turistas chegaram ao Parque no dia 2 de julho e permaneceram até dia 4, onde seguiram um roteiro que abrangia a Comunidade Ribeirinha Igarapé do Sucuriju, fora dos limites do Unidade de Conservação.

Desde 2012, quando começou a receber turistas em seu Centro Rústico de Vivência, no rio Amapari, o Tumucumaque já recebeu mais de 400 visitantes, sendo a maioria do próprio Amapá, em grupos pequenos. No entanto, a procura de atividades no Parque também por viajantes de fora do estado tem crescido bastante nos últimos anos.


Foto: Aline Paiva


Foto: Aline Paiva

Foto: Aline Paiva

Foto: Aline Paiva


Foto: Aline Paiva

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