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Bruno Reis é mestre em gestão territorial
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“Parafraseando
Cazuza, foi como se eu matasse saudade do que eu não tinha vivido. Um
(re)encontro com minha ancestralidade”, disse o mestre em Gestão Ambiental e
Territorial, Bruno Reis, 36 anos. O Geógrafo passou duas noites no Centro
Rústico de Vivência, durante uma expedição de 10 anos no Parque
Nacional Montanhas do Tumucumaque (PNMT).
“Era
impressionante sentir as vibrações sonoras da biodiversidade as noites e
durante os dias... Uma sonoridade que conduzia à expansão da minha percepção
sobre o lugar. Nunca tinha vivido nada parecido”, relata.
Bruno
relembra que seu primeiro contato com o Tumucumaque foi em 2003, durante a
graduação em geografia, quando fez um trabalho acadêmico falando sobre Unidades
de Conservação (UC). “Escolhi o PNMT por ter sido recém decretado e ser a maior
área protegida com floresta tropical do mundo”, afirma.
Dez
anos depois, um dos sonhos de quem era apaixonado por floresta tropical, se
tornava realidade: Bruno volta atuando como profissional. Em 2012, em comemoração aos 10 anos do
Parque, ele apresenta a proposta do Projeto Biodiversidade nas Costas para o
conselho consultivo do PNMT.
O Geógrafo relata que suas experiências no Tumucumaque lhe
tornaram uma pessoa melhor:
“A imensidão da Amazônia no PNMT me deu muito sobre
minhas limitações e potencialidades de ser humano, sem dúvida. Existe o meu
antes e o meu depois do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque”, comenta.
Biodiversidade
nas costas
O projeto foi realizado entre
2013 e 2015. O material pedagógico, composto por seis publicações, foi
elaborado pelo WWF-Brasil, como parte do projeto BNC-Tumucumaque, em parceria
com professores e alunos dos cursos de geografia e de biologia da Universidade
Federal do Amapá (Unifap) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio).
“Foram
produzidos livros paradidáticos, guias de sociobiodiversidade, jogos
pedagógicos, inclusive para educação especial, revista em quadrinhos, de
maneira participativa com docentes e discentes da Unifap, através de dois
cursos de extensão universitária - Geografia e Ciências Biológicas - e
professores-estudantes da Plataforma Paulo Freire, além dos especialistas das
equipes do WWF, ICMBio e Ecocentro IPEC”, explica.
Bruno
conta que o Parque foi um marco durante sua atuação no bioma. “Cada vez que
abro a mochila Biodiversidade nas Costas-Tumucumaque, leio cada material, sinto
que valeu a pena cada passo até chegar ali, no Tumucumaque”, ressalta.
Ficou
curioso para conhecer a coleção do Biodiversidade nas Costas? Baixe a versão em
PDF dos materiais didáticos abaixo: