terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Atividades da 12ª. Reunião do Conselho do Parque

Nos dias 08, 09 e 10 de dezembro de 2009, o Conselho Consultivo do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque esteve na cidade de cidade de Amapá/AP, para realizar atividades da sua 12ª. Reunião Ordinária. A pauta da reunião, que aconteceu no dia 08, teve como um de seus principais momentos a Mesa Redonda que discutiu a Política Agrícola para o entorno do Parque.
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Estiveram presentes, além dos conselheiros de diversas entidades, o senhor José Ribamar de Oliveira Quintas, Secretário de Estado de Desenvolvimento Agrário; o técnico José Maria Pantoja Vaz, representante do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá – RURAP; o pesquisador Rogério Machado Alves, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA e o senhor Ilson Magave Ramos, representando a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Amapá – FETTAGRAP, que expuseram suas perspectivas e suas ações institucionais a respeito das questões que envolvem o desenvolvimento agrícola no Amapá.
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Este debate suscitou bastante participação e interesse dos Conselheiros do Parque, que convivem diretamente com os problemas e limitações apontadas na fala dos representantes. A ocasião foi oportuna para se esclarecer dúvidas, fazer sugestões de ações para as entidades representadas na Mesa Redonda e também tecer algumas críticas compartilhadas pelos presentes, na expectativa de que os assuntos abordados sejam considerados pelos órgãos responsáveis por formular, implementar e apoiar atividades agrícolas no estado.

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Reunião do Conselho Consultivo e Curso de Legislação Ambiental
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No dia 09 os Conselheiros participaram de um Curso de Legislação Ambiental, com foco para as atividades atualmente desenvolvidas no Parque Nacional e em seu entorno, ministrado por Ludmila Caminha Barros, Mestre em Economia Fundiária (Master of Land Economy – MLE/Universidade de Aberdeen - Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte), que possui bastante experiência com orientação legal para organizações governamentais e não governamentais, de classe e comunitárias na Amazônia.
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Este curso era uma das demandas mais recorrentes apresentadas pelos Conselheiros, com o objetivo de facilitar a compreensão dos preceitos jurídicos que regulam as atividades do PNMT e seu entorno, além de entender as permissões e possibilidades legais do desenvolvimento desta região.
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A última atividade desenvolvida pelos Conselheiros no contexto da 12ª. Reunião foi a visita ao Distrito de Lourenço, município de Calçoene/AP, para conhecer a área de exploração mineral da Cooperativa de Garimpeiros do Lourenço – COOGAL, entorno direto do PNMT. Foi a primeira vez que o Conselho do Parque esteve no Lourenço e o momento foi usado como o início de uma maior aproximação entre esta instância de gestão do Parque e as entidades atuantes no Distrito. A COOGAL, através do seu presidente, o senhor Antônio Eudes, conhecido localmente como Barão Branco, recepcionou os Conselheiros e proporcionou o diálogo sobre as atividades da Cooperativa no Lourenço, a fragilidade social da região e expôs o interesse em conhecer mais sobre a gestão do PNMT, mostrando-se aberto para futuras atividades em parceria.

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Reunião com representantes da COOGAL e visita à área de exploração mineral no Distrito de Lourenço/Calçoene-AP

Alguns dos momentos mais estimulantes da 12a. Reunião ficaram por conta de dois convidados especiais, o Jonas Banhos e a Rita, articuladores do movimento Nossa Casa de Cidadania e Cultura, que participaram das atividades de dezembro do Conselho, levando sua sala de leitura e sua radio para os Conselheiros exercitarem a participação e o envolvimento. O Nossa Casa encheu de poesia e reflexão todas essas atividades, mostrando que é possível participar ativa e construtivamente das mudanças que desejamos, sem endurecer o nosso olhar.

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Atividades do Projeto Nossa Casa de Cidadania e Cultura

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Homenagem ao Paulo Guedes

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No dia 09 de dezembro fez um mês que nosso colega de trabalho, Paulo Sérgio Tavares Guedes, nos deixou.
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O Paulo Guedes era o servidor mais antigo do Parque Tumucumaque. Natural de Serra do Navio - AP, ele possuía um longo histórico de trabalho na área ambiental em todo o Amapá.
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Ao longo de sua trajetória profissional, desempenhou diversas atividades no Ibama/AP, integrando a equipe do CNPT/AP e atuando na Divisão de Fiscalização, no Posto de Amapari e no Escritório Regional do Amapá. Era querido e respeitado por todos e detinha grande conhecimento sobre a região amazônica.
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Infelizmente, em novembro ele nos deixou, depois de sofrer um trágico acidente na região de Cupixi, quando seguia para a sede do Parque, em Serra do Navio. A perda sentida pela equipe gestora e, naturalmente, por seus familiares e amigos é imensa. Mas, os exemplos que o Paulo Guedes nos transmitiu ao londo de sua vida amenizam nosso pesar.
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Na última reunião do Conselho Consultivo do PNMT o nosso colega Paulo Russo, analista ambiental do PNMT, foi muito feliz ao traduzir nossos sentimentos numa bela homenagem ao Paulo Guedes que compartilhamos com tod@s vocês.
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HOMENAGEM AO PAULO GUEDES

Senhoras e Senhores Conselheiras e Conselheiros,

Falar de Paulo Guedes e de sua ausência não é uma tarefa fácil.

Falar de Paulo Guedes é falar sobre amizade... daquele tipo que marca nosso coração e o tempo não apaga.

Falar de Paulo Guedes é falar de companheirismo... de estar presente em todos os momentos com seu olhar sereno e voz aconchegante.

Falar de Paulo Guedes é falar de compromisso... é acreditar numa causa e lutar com todas as suas forças.

Falar de Paulo Guedes é ser firme... é saber que o caminho certo muitas vezes é árduo, mas precisa ser seguido.

Falar de Paulo Guedes é falar de coragem... coragem de recomeçar... de não desistir... de vencer.

Falar de Paulo Guedes é falar de bons exemplos... que inspiram e não nos deixam desanimar.

Falar de Paulo Guedes é falar de esperança... é acreditar que ética, mais que uma palavra, pode ser algo presente no dia-a-dia.

Falar de Paulo Guedes é falar de luz... luz que ele se tornou para poder iluminar de forma mais intensa as pessoas que ele ama.

Para nós... tudo isso... todos esses nobres sentimentos podem ser expressos por um nome, “Paulo Guedes”...

Saudade de você, bom amigo.
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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

11ª. Reunião do Conselho Consultivo do PNMT é realizada em Macapá

A 11ª. Reunião do Conselho Consultivo do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque – CPMT aconteceu no último dia 25 de agosto no Macapá Hotel, Macapá.
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Os conselheiros reunidos receberam a visita do técnico da Secretaria Estadual de Turismo do Amapá, José Paixão Moreira Martins, que falou dos trabalhos desenvolvidos pela Setur e abriu a discussão sobre o potencial turístico da região de entorno do Tumucumaque. A pauta da reunião também contou a apresentação do Plano Operativo Anual (POA 2009), do Programa ARPA para o PNMT, além da discussão sobre o Programa de Guarda-Parques do Ministério do Meio Ambiente e a discussão da proposta de elaboração de uma publicação de avaliação do segundo mandato do Conselho Consultivo, a ser lançada em 2010.



Ao final da reunião foi feito o lançamento da publicação Legislação Ambiental e Indigenista: uma aproximação ao direito socioambiental no Brasil, organizada pelo Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena – IEPÉ, como parte do Projeto Unidades de Conservação e Terras Indígenas: uma proposta de mosaico para o oeste do Amapá e norte do Pará, apioado pelo Fundo de Meio Ambiente – FNMA.


O aniversário do Parque foi lembrado com uma pequena cerimônia, organizada pela equipe gestora, em agradecimento ao apoio que os conselheiros e conselheiras têm dado para a gestão da Unidade de Conservação.


No dia 26 de agosto os conselheiros participaram da terceira etapa de revisão do Regimento Interno do CPMT, que deve ser finalizada na próxima reunião do Conselho, qa ser realizada na segunda quinzena de novembro na cidade de Amapá, com uma visita ao distrito de Lourenço, no entorno do PNMT.

Exposição Fotográfica do Tumucumaque encanta moradores de Serra do Navio

A exposição fotográfica da Expedição ao Rio Jari - Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque encantou os alunos da Escola Estadual Hermelino H. Gusmão e os moradores de Serra do Navio, que puderam ver de perto algumas das imagens mais impressionantes do Parque Nacional, na semana de 17 a 21 de agosto.

Cerca de 400 pessoas visitaram a exposição, que fez parte das atividades de comemoração do sétimo aniversário do Tumucumaque. Além das fotos e mapas interativos, os visitantes ainda puderam conversar com a equipe gestora do Parque, participar de palestras sobre a Unidade de Conservação e assistir a vídeos socioambientais do Circuito Tela Verde e do Festival de Imagem-Movimento, que também foram levados para a Escola Família Agrícola da Perimetral Norte.

Também foram realizadas reuniões com os professores, com o objetivo de levantar as dificuldades sentidas em trabalhar temáticas ambientais nas escolas e identificar possíveis caminhos para uma maior aproximação dos temas ambientais, numa perspectiva transdisciplinar.

A exposição foi encerrada com uma confraternização entre a equipe do parque, os alunos e professores da Escola Hermelino H. Gusmão e representantes da Prefeitura de Serra do Navio, que levaram bolo e cantaram parabéns por mais um ano de existência do Parque. Ficou em todos a expectativa de que, a cada novo aniversário, o Tumucumaque esteja presente na vida dos moradores da região como um projeto que pode ser construído coletivamente, fazendo parte de seu dia a dia como algo positivo.

domingo, 16 de agosto de 2009

Atividades do Aniversário do Parque

No próximo dia 22 de agosto o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (PNMT) completa 7 anos de existência.

Para lembrar esta data, está sendo realizada a “Semana de Aniversário do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque”, na cidade de Serra do Navio, no período de 17 a 21 de agosto.
Durante a programação será realizada uma Exposição de fotos da Expedição de reconhecimento ao rio Jari, no interior do Parque Nacional, exibição de vídeos ambientais do Circuito Tela Verde e do Festival de Imagem-Movimento, além de debates.

As atividades vão acontecer na Escola Estadual Ermelino H. Gusmão em Serra do Navio e uma mostra de vídeos também acontecerá na Escola Família Agrícola da Perimetral Norte, município de Pedra Branca do Amapari.

O evento é aberto e pretende receber um público diverso que tenha interesse em conhecer um pouco mais sobre o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e também deixar suas opiniões, reflexões, expectativas e contribuições para a gestão desta unidade de conservação.

Serviço:
Evento: Semana de Aniversário do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, com Exposição de Fotos e Mostras de Vídeos Ambientais
Local: Escola Estadual Ermelino H. Gusmão, em Serra do Navio e Escola Família Agrícola da Perimetral Norte, em Pedra Branca do Amapari
Data: de 17 a 21 de agosto de 2009


Veja a Programação:

Dia 17 de agosto, segunda-feira:

Escola Estadual Ermelino H. Gusmão – Serra do Navio
17h às 19h: Mostra de Vídeos do Circuito Tela Verde e do Festival de Imagem-Movimento

Dia 18 de agosto, terca-feira:

Escola Estadual Ermelino H. Gusmão – Serra do Navio
09h: Abertura da Exposição: “Expedição ao rio Jari – Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque”.
09h às 19h: Exposição aberta ao público
17h às 19h: Mostra de Vídeos do Circuito Tela Verde e do Festival de Imagem-Movimento

Dia 19 de agosto, quarta-feira:


Escola Estadual Ermelino H. Gusmão – Serra do Navio
09h às 19h: Exposição aberta ao público

Escola Família Agrícola da Perimetral Norte
15h30 às 17h: Mostra de Vídeos do Circuito Tela Verde e do Festival de Imagem-Movimento e debates

Dia 20 de agosto, quinta-feira:

Escola Estadual Ermelino H. Gusmão – Serra do Navio
09h às 19h: Exposição aberta ao público
17h às 19h: Mostra de Vídeos do Circuito Tela Verde e do Festival de Imagem-Movimento

Dia 21 de agosto, sexta-feira:

Escola Estadual Ermelino H. Gusmão – Serra do Navio
09h às 17h: Exposição aberta ao público
17h: Encerramento das atividades da Semana do Parque Tumucumaque

Para saber mais...

O Circuito Tela Verde é uma parceria inédita entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Ministério da Cultura (MinC). O objetivo é estimular atividades de Educação Ambiental por meio da linguagem audiovisual e contribuir com o processo de construção de valores culturais comprometidos com a qualidade ambiental. Em 2009, o circuito conta com mais de 170 espaços exibidores em todo o Brasil. No Amapá, a OCIP Nossa Casa de Cultura e Cidadania - ArmaZen e o ParNa Montanhas do Tumucumaque estão exibindo a programação de filmes.

O Festival de Imagem-Movimento (FIM) é um espaço de exibição de imagens que existe no Amapá desde 2004, com a proposta de mostrar e incentivar diferentes formas de expressão que usam o as ferramentas audiovisuais como meio. O acervo do FIM conta com vídeos de todos os cantos do Brasil e de alguns lugares do mundo, realizados sobre os mais diversos assuntos. Destaca-se a produção dos estados da Amazônia e também a produção amapaense.

A Exposicao do Parque nacional montanhas do Tumucumaque é uma coletânea de imagens e também um vídeo feitos durante a Expedição de reconhecimento ao rio Jari, interior do ParNa M. do Tumucumaque, em 2005. Esta expedição foi financiada pelo WWF-Brasil e durou 32 dias. Nesta exposição é possível ver algumas das paisagens mais exuberantes do Parque Nacional e também conhecer algumas das dificuldades que se enfrenta para acessá-las.

Contatos do Parque...

Endereço: Rua do Campo, 711 - Centro – CEP 68948-000 – Serra do Navio - AP
Telefone: (96) 2101-9016 (Núcleo de Unidades de Conservação – Macapá)
Email: tumucumaque@icmbio.gov.br

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Meio Ambiente e proteção da natureza

Afinal, porque proteger a natureza?

No curso de sua história, a raça humana tem usufruído livremente da natureza para garantir sua prosperidade e seu desenvolvimento: água, minérios, madeira, caça e pesca, bem como seus sub-produtos, são alguns dos principais exemplos de recursos naturais tradicionalmente explorados pelo homem. Nessa trajetória, aumentamos nossa expectativa de vida, nosso nível de conforto e o tamanho da nossa população. Há mil anos havia no mundo pouco mais de 300 milhões de pessoas. Já no início do século XIX, a população mundial atingiu o primeiro bilhão. Verificou-se desde então um rápido crescimento, o que resultou na cifra de seis bilhões de pessoas na virada do milênio. Hoje somos mais de 6,6 bilhões de habitantes na terra, dos quais cerca de um terço vivem na China e Índia, os países mais populosos do mundo.
Essa imensa população de consumidores necessita de recursos naturais para garantir sua sobrevivência e seu bem estar. Entretanto, não se trata de fontes inesgotáveis, mas sim de recursos finitos que poderão se exaurir, caso não sejam corretamente manejados. As grandes perdas de florestas tropicais, especialmente na região amazônica, são um alarmante presságio de um futuro altamente comprometedor, no qual a qualidade ambiental e as próprias condições de sobrevivência dos seres vivos, incluindo o homem, estariam seriamente comprometidas. Tampouco problemas ambientais têm efeitos somente locais, mas, via de regra, se fazem sentir, em maior ou menor grau, em todo o planeta. Exemplos de efeitos ambientais globais são: o fenômeno do “El Niño”, um aquecimento das águas do Oceano Pacífico que influencia o nosso clima; o derretimento das calotas de gelo dos pólos que provoca uma elevação do nível dos oceanos; tempestades de areia no deserto do Saara que podem transportar partículas sólidas até a América do Sul; e, finalmente, o aquecimento global devido aos gases do “Efeito Estufa”.

As Ciências Ambientais têm por objetivo indicar os melhores caminhos para proteger a natureza e manejar os recursos naturais, ao mesmo tempo em que buscam a harmonia dessas premissas com o modo de vida e o bem-estar do homem moderno. Este é integrante do grande ecossistema que compõe a Terra, mas sua inteligência, capacidade de raciocínio, poder de decisão e de ação colocam-no em um papel diferenciado perante os demais elementos. Assim, o homem tem a responsabilidade de zelar pela integridade ambiental do meio que o cerca. Não assumir essa missão seria como serrar o galho no qual se está sentado.
Texto: Christoph B. Jaster